Partido do presidente francês Sarkozy expulsa deputado acusado de homofobia
O partido do presidente francês Nicolas Sarkozy divulgou nesta quarta-feira, dia 15 de fevereiro, que deve expulsar o deputado Christian Vanneste por conta de uma série de declarações homofóbicas dadas pelo parlamentar nos últimos meses. O ato será oficializado na próxima quarta-feira, dia 22 de fevereiro, durante encontro do partido.
De acordo com o secretário-geral da União por um Movimento Popular (UMP), Jean-François Copé, a punição a Christian Vanneste foi aprovada por unanimidade devido às declarações do político, consideradas pelo partido como “inaceitáveis, profundamente chocantes e intoleráveis”. Para o deputado Eric Ciotti, as “manifestações provocativas” de Vanneste mostraram que o parlamentar tem “valores totalmente diferentes dos demais”.
O deputado Christian Vanneste já vinha sendo advertido pelo partido por conta de sua postura intolerante. A expulsão veio depois da divulgação de um vídeo de 20 minutos em que o parlamentar critica as propostas de Sarkozy de legalizar as uniões entre casais do mesmo sexo, incluindo o casamento.
Vanneste também critica o “aumento da homossexualidade na sociedade” e vai mais além ao citar “a famosa lenda da deportação de homossexuais na Alemanha pelos nazistas”. “A Alemanha reprimiu os gays, com 30 mil expatriados, outros locais não fizeram o mesmo. Não houve deportação de homossexuais na França”.
Ele ainda completou que “metade dos intelectuais da França que homenagearam o nazista Joseph Goebbels era gay”.
Já imaginaram se, no Brasil, todos os parlamentares que fossem de encontro aos direitos humanos fossem expulsos dos seus partidos?
