Presidente de Gâmbia ameaça cortar a cabeça dos gays de seu país
A postura da ONU em inserir os direitos humanos para os LGBT na pauta de discussões das reuniões está mesmo incomodando os países mais intolerantes. Depois do líder libanês alegar que os gays ameaçam a continuação da raça humana, agora é a vez do presidente de Gâmbia, Yahya Jammeh, soltar o verbo contra os homossexuais.
O representante do país africano declarou em evento oficial no início desta semana que quem acredita na teoria de que os direitos dos homossexuais são direitos humanos no estado Africano está cometendo um “grande erro”.
Jammeh foi mais além e ameaçou cortar a cabeça dos gays do seu país. Isto porque anteriormente ele já havia afirmado que a Aids é uma doença exclusiva dos homossexuais e disse ser capaz de curá-la. O presidente acrescentou que a homossexualidade vem de uma cultura alienígena e o seu povo não deve aceitá-la.
País de maioria mulçumana, a Gâmbia vive sob uma rigorosa ditadura e tem um longo histórico de intolerância contra os gays. O Código Penal do país afirma que qualquer ato sexual entre pessoas do mesmo gênero pode ser punido com até 14 anos de prisão.
Em 2007, Yahya Jammeh afirmou ter a cura para a Aids e, desde então, centenas de gambianos fazem filas para serem “curados” pelo presidente que trata os pacientes esfregando um colar de ervas no tórax e, em seguida, pede para que engulam uma bebida amarela e amarga, acompanhada de bananas. A “terapia” é feita ao longo de várias semanas.
No ano passado, em depoimento à rede britânica BBC, o presidente de Gâmbia declarou que o seu programa de “cura” para a Aids estava indo “muito bem” e que seus críticos “podiam ir para o inferno”. Ele também afirmou ser capaz de curar a hipertensão e a asma em dez minutos.