Vítima de homofobia há um ano pede fim do preconceito e sonha com Londres

Um ano após viver o pior momento da sua carreira, Michael lamenta sucessivos episódios de preconceito no vôlei brasileiro. O central do Vôlei Futuro diz que não mudou muita coisa desde que foi vítima de homofobia em quadra e lembra com tristeza o recente caso de racismo pelo qual passou seu amigo Wallace, oposto do Sada Cruzeiro. Semifinalista da Superliga, o hoje homossexual assumido diz que não dá bola para as provocações de torcida e só pensa em fazer o seu trabalho para quem sabe defender a seleção brasileira em Londres 2012.

O Vôlei Futuro enfrenta o RJX nesta terça-feira, a partir das 18h45, no ginásio Plácido Rocha, em Araçatuba. Na outra semifinal, o Sada Cruzeiro tem pela frente o clássico contra o Vivo Minas. Os dois confrontos serão válidos pela primeira partida da série melhor de três das semifinais.

“O preconceito em quadra ainda continua, o que mudou é que agora as pessoas pensam duas vezes antes de falar qualquer coisa. Fiquei bastante sentido até porque não esperava que fosse acontecer tudo aquilo. E também não esperava toda aquela repercussão. Foi uma coisa que me deixou muito assustado, em uma semifinal de um jogo importante.”