Cassano diz esperar que não existam jogadores gays na seleção italiana

O atacante italiano Antonio Cassano disse em entrevista coletiva que espera que não existam jogadores gays na seleção da Itália e garantiu que desconhece casos no elenco da Azurra. A pergunta foi feita por conta de boatos de que existem dois jogadores homossexuais na seleção – e outros dois metrossexuais.

“O que é metrossexual? Seja simples”, brincou o jogador, que continuou. “Se eles são “frocio” (termo vulgar em italiano para se referir a gays), o problema é deles. Eu espero que não exista qualquer “frocio” na seleção. Mas se eles são isso, é com eles. Não sei se existe alguém. Deixo assim, caso contrário, já sabem, virão os ataques de todas as partes”, disse, acrescentando ainda. “Você não vai traduzir isso para a imprensa polonesa, né?”.

Em abril, o técnico italiano Cesare Prandelli falou sobre o tema e disse considerar a homofobia similar ao racismo. “No futebol e no esporte ainda existe um tabu sobre a homossexualidade, quando as pessoas deveriam viver livres de acordo com seus próprios desejos e sentimentos. Quando falamos de amor e sentimentos, o povo deveria poder amar quem quisesse”, declarou.

A polêmica surgiu na Itália depois que o jornalista e apresentador de TV Alessandro Cecchi Paone, homossexual assumido, disse em entrevista que há dois gays na seleção italiana.

“Eu tive um relacionamento com um dos jogadores, e ele me disse quem era o outro gay, o que explica por que eu sei que são dois. Prandelli sabe quem são os homossexuais. Sobre quando eu disse que há três metrossexuais, foi um elogio a Sebastian Giovinco, Ignazio Abate e Riccardo Montolivo”, disse à “Radio 24”.

O atacante Antonio Di Natale e o presidente da Associação Italiana de Jogadores, Damiano Tommasi, ocasião pediram que caso haja jogadores gays na seleção eles mantenham o fato escondido até se aposentarem, para não sofrerem “represálias”.