Tiririca defende homossexuais após ataque de Levy Fidelix

Folha de S.Paulo

Veio de um improvável político a resposta mais contundente até agora para o discurso homofóbico que o presidenciável Levy Fidelix fez durante o debate na Record, na noite deste domingo.

Para recapitular: questionado por Luciana Genro (PSOL) sobre a questão da união homoafetiva, Levy disse que “aparelho excretor não reproduz”, atrelou a homossexualidade a casos de pedofilia na Igreja e conclamou “a maioria” a “enfrentar essa minoria”. “Não tenha medo de dizer que sou pai, uma mãe, vovô, e o mais importante, é que esses que têm esses problemas realmente sejam atendidos no plano psicológico e afetivo, mas bem longe da gente, bem longe mesmo porque aqui não dá”, concluiu.

Desde então, Levy vêm sendo criticado (e, em menor grau, elogiado) nas redes sociais pelo que disse. A hashtag “LevyVocêÉNojento” está desde então no topo dos trending topics (assuntos mais comentados) no Twitter no Brasil.

Porém, poucos são os políticos de peso que foram às redes sociais para criticar a posição de Levy. Coube ao palhaço Tiririca, que disputa a reeleição a deputado federal em São Paulo, a missão. O palhaço, que foi o deputado mais votado no país em 2010 baseado em esquetes humorísticas na propaganda eleitoral na TV, aproveitou para cutucar quem diz que ele não pode ser político devido à sua parca instrução formal.

Eu esperava que os presidenciáveis não deixassem o discurso de Levy Fidelix passar batido, mas até agora só os “nanicos” Eduardo Jorge (PV) e Luciana Genro (PSOL) se pronunciaram. Ambos usaram o caso para justificar a necessidade de aprovar a lei que criminaliza a homofobia, que está no plano de governo de ambos.