Questão gay entra firme na campanha política do Rio de Janeiro
Depois que o coodenador da campanha do candidato Rodrigo Maia, do DEM, abandonou a equipe por conta de uma declaração do ex-governandor Garotinho condenando a ligação do atual prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes com os direitos LGBT, a questão gay entrou com força nas campanhas, colocando de lados opostos os candidatos. Ontem, em entrevista ao “RJTV”, da Rede Globo, Rodrigo Maia defendeu o ex-governador e atual aliado Anthony Garotinho (PR), e reiterou sua posição contrária ao casamento gay.
“O Marcelo (Garcia, ex-coordenador da campanha de Maia) era um consultor remunerado do partido, com grandes qualidades. Nosso partido é conservador e o Marcelo sempre soube disso. O governador Garotinho não falou nada contra os homossexuais. Ele falou o contrário, o que se tratou foi de uma hipocrisia de se tentar ter os dois lados ao mesmo tempo”, falou Maia.
Marcelo, pelo Twitter, retrucou: “Eu era consultor remunerado? Não era Coordenador do Programa de Governo? Eu sou um quadro técnico, sim, e não vou me curvar a uma agenda de ódio e guerra santa que de conservadora não tem nada. Eu não mudei. Quem mudou foi ele”, escreveu.
Eduardo Paes também respondeu e foi corretíssimo: “Tenho um enorme desprezo por quem tem ódio. Essa cidade é uma cidade muito diversa. Não dá para ficarmos com preconceito. Esse é um charme característico do Rio. E não vejo problema em continuar apoiando os movimentos gays e pedindo voto nas igrejas evangélicas”.