Obama transforma direitos gays em plataforma de política externa norte-americana
Enquanto o Brasil tem uma presidente que até agora não se posicionou diante da onda de violência contra homossexuais, nem lançou qualquer política concreta que sirva para igualar os direitos entre héteros e gays, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, decidiu vestir para valer a camisa da diversidade.
O principal representante de uma das maiores potências mundiais quer que os direitos de gays, lésbicas e transexuais estejam no foco da política externa do país, em todos os órgãos governamentais.
Nesta terça-feira, dia 6 de dezembro, na sede da ONU em Genebra, na Suíça, para participar de um evento que trata justamente dos direitos humanos, a secretária de Estado americana Hillary Clinton leu um documento oficial emitido pela Casa Branca e assinado por Obama que trata justamente destes direitos.
“Neste memorando, estou instruindo a todos os organismos no exterior a garantir que a diplomacia americana e a ajuda externa promovam e protejam os direitos humanos dos gays, lésbicas, bissexuais e transexuais. Estou profundamente preocupado com a violência e a discriminação dirigida a lésbicas, gays, bissexuais e transexuais em todo o mundo”, diz o presidente.
No documento, Barack Obama também criticou as leis que penalizam a população LGBT, as agressões a quem participa de paradas gays e os assassinatos motivados por homofobia.
“Agredir ou matar por causa da orientação sexual ou porque alguém não se ajusta a normas culturais sobre a aparência ou o comportamento que deveriam ter homens e mulheres constitui uma violação dos direitos humanos”, declarou Hillary. “Ser homossexual não é uma invenção ocidental, é uma realidade humana”, acrescentou.
De acordo com Hillary Clinton, só este ano os Estados Unidos investiram três milhões de dólares para apoiar a luta contra a homofobia no mundo. O Governo americano ainda sugeriu que os governos de outros países ajam rapidamente diante das constantes violações de direitos humanos contra homossexuais.
