Militância LGBT sai em defesa de juristas que estudam as reformas do novo Código Penal

A Comissão de Juristas que trabalha na construção de um anteprojeto para dar origem ao novo Código Penal Brasileiro virou o novo alvo de críticas da Bancada Evangélica na Câmara e do Senado.

Enquanto discutem questões progressistas como a equiparação da homofobia ao crime do racismo e toca em questões delicadas como o direito ao aborto e a legalização da maconha, o grupo formado por advogados, especialistas em direito, desembargadores e ministros vem sendo alvo de uma enxurrada de ataques, inclusive em programas de televisão, como os do pastor Silas Malafaia (saiba mais sobre o tema na edição 41 da revista JUNIOR, nas bancas de todo o Brasil)

Diante do embate, a militância decidiu se manifestar e a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) lançou, no final desta quarta-feira, dia 4 de julho, uma nota de apoio a Comissão de Juristas.

O documento, assinado por 257 entidades de todo o país, classifica a atitude dos juristas como “corajosa” e “digna de aplausos”, principalmente pelo fato de “vivermos uma época de extremo conservadorismo no Brasil e no mundo, uma época difícil aos direitos humanos, em especial os direitos humanos de minorias e grupos vulneráveis em geral”. A carta também pede que, agora, o texto do anteprojeto seja debatido com os movimentos sociais.