Manifestações gays em Moscou terminam com 30 ativistas detidos
Cerca de 40 pessoas, a maioria dos quais ativistas dos direitos LGBT, foram detidas em Moscou, nesse domingo, 27 de maio, após tentarem realizar duas manifestações exigindo o direito de realizar uma parada do orgulho gay na capital da Rússia.
O confronto teve início diante do parlamento, quando 30 ativistas LGBT se depararam com adversários da Igreja Cristã Ortodoxa, que começaram a gritar que a homossexualidade era um pecado. Nenhuma das manifestações tinha sido autorizada pelas autoridades de Moscou. Em seguida, a polícia chegou para acabar com um segundo protesto, que teria início na prefeitura e incluía o ativista dos direitos gay, Nikolai Alexeyev.
Quase todos os manifestantes dos direitos dos homossexuais foram detidos, em contra partida poucos cristãos ortodoxos foram detidos. Nikolai Alexeyev afirmou que estava sendo preso por falar com os jornalistas. “Fui detido no protesto do Orgulho na prefeitura de Moscou”, escreveu ele no Twitter. “Não tenho palavras”.
A homossexualidade foi descriminalizada na Rússia há quase vinte anos, mas a homofobia ainda é profunda na sociedade. No início deste mês, Nikolai se tornou a primeira pessoa a ser presa e multada por causa da lei que proíbe a chamada propaganda gay em São Petersburgo.
O parlamento do país agora está pensando em estender a lei anti-propaganda para todo o território russo. Recentemente, o país também rejeitou os direitos dos homossexuais durante uma cúpula do G8, onde os líderes reafirmavam seu compromisso com os direitos humanos em geral.