Feira de fetiches agita semana da Parada de NY

Pelo 16° ano a cidade de Nova York recebeu no dia 17 de junho, domingo anterior a Parada Gay, a Folsom Street Fair, uma das maiores feiras de fetiche do mundo, que há 28 anos ocupa a rua de mesmo nome na lendária São Francisco. Aqui ela é chamada de Folsom Street East fazendo alusão a costa leste dos Estados Unidos.

De acordo com os organizadores 9 mil pessoas passaram pela rua 28 e todo o dinheiro arrecadado é doado para instituições que trabalham com direitos humanos de LGBT. A 28th Street também é onde se encontra o bar Eagle famoso pelo seu público de ursos que curtem couro e outros fetiches.

Recentemente Nova York inaugurou o parque Highline em um antigo elevado não utilizado mais por carros que passa logo no início da rua da feira o que atrai turistas curiosos que assistem ao evento. Esse ano um religioso levou um cartaz com os dizeres “Jesus Forgives Sin”, algo como Jesus perdoe os pecados, mas ele logo foi embora depois que levantaram para ele outro cartaz com a palavra Love. E amor foi o que não faltou na festa que foi até meia noite e mostrou que somos diversos em nossas taras e isso precisa ser externalizado, seja entre quatro paredes ou entre quatro ruas.

O brasileiro Erg Brasil veio pelo quarto ano ao evento. “Na primeira vez meu namorado me trouxe e fiquei um pouco assustado, mas agora já acostumei”, disse. Perguntado sobre a possibilidade de vir de jockstrap, aquela cueca sem a parte de trás, ele que ainda não está preparado, mas bundas de fora foi o que mais se viu, já que isso não é atentado ao pudor na cidade.

O ponto alto do dia foi o concurso de tortas no qual um ativo atira uma torta na bunda de um passivo e tem que lamber ela toda, a bunda. A drag que apresentou a competição lembrou que somos todos drag queens em “leathers ou feathers”, ou seja, usando penas ou usando couro estamos representando algo que acreditamos que somos, nossas fantasias, e esse encontro com nós mesmo foi o que proporcionou o Folsom Street East ao público que compareceu a feira.