Evangélicos são acusados de inserir agenda antigay na África
Grupos evangélicos estão tentando realizar uma ‘colonização cultural na África’, segundo reportagem do jornal britânico The Guardian. Segundo a investigação, diferentes representações religiosas estão abrindo sedes em vários países africanos e implementando uma agenda de valores antigays.
O Instituto de Pesquisa Política (PRA), de Boston, diz que organizações religiosas norte-americanas vêm ampliando suas operações em todo o continente, fazendo lobby em favor de políticas e leis conservadoras e alimentando a homofobia, com falas agressivas sobre a homossexualidade e o aborto.
O relatório da entidade intitulado “Colonizando valores africanos: como a direita cristã dos EUA está transformando as políticas de sexualidade na África” analisou dados de sete países africanos e pagou pesquisadores para trabalhar por vários meses no Quênia, Malauí, Zâmbia e Zimbábue e aponta três organizações que estão atuando agressivamente na África: o ACLJ, de Robertson, o grupo católico Human Life International e o grupo Family Watch International, liderado pela ativista mórmon Sharon Slater.
Cada uma delas identifica suas agendas como sendo autenticamente africanas, num esforço para retratar a defesa dos direitos humanos como um novo colonialismo cuja finalidade seria destruir tradições e valores culturais, diz o relatório.