Deputado catarinense se diz preocupado com HIV entre jovens gays

Autor de projetos de lei como o que versa sobre provadores adaptados para pessoas com deficiência física, o deputado federal Décio Lima (PT-SC) acaba de surgir como mais uma voz que luta contra o preconceito contra os homossexuais. Em discurso no Plenário da Câmara na última quinta-feira, 8 de dezembro, o deputado disse que mais importante do que oferecer saúde “deve ser a luta contra o preconceito e a solidariedade” às pessoas atingidas pelo HIV.

O deputado ainda aludia ao Dia Mundial de Luta Contra a AIDS, 1 de dezembro, quando o Ministério da Saúde divulgou boletim epidemiológico apontando que a taxa de infecção cresceu entre os jovens gays. “Ao longo dos últimos 12 anos, ao contrário do que ocorre agora, a porcentagem de casos na população de 15 a 24 anos caiu. Mas entre os gays da mesma idade houve aumento de 10,1%”, lamentou Décio.

Professor do Ensino Médio e advogado, Décio é autor de projetos relevantes como o que obriga salas de cinema, empresas que produzem e comercializam aparelhos de televisão, computadores e outros equipamentos que transmitam ou utilizem imagem em tecnologia 3D a alertarem sobre a possibilidade de danos à saúde pela sua utilização. Abaixo você confere o discurso friendly do parlamentar.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o dia 1º de dezembro marcou, mundialmente, o Dia de Luta contra a AIDS, uma doença que, embora esteja praticamente com seus índices estagnados, ainda continua matando milhares de pessoas no Brasil e no mundo. A história desse dia teve início em 1987, com a Assembleia Mundial de Saúde, apoiada pela Organização das Nações Unidas, que decidiu transformar o 1º de dezembro em Dia Mundial de Luta Contra a AIDS, para reforçar a solidariedade, a tolerância e a compreensão em relação às pessoas infectadas pelo HIV.

Este ano o Ministério da Saúde trabalha a campanha do Dia Mundial de Luta Contra a AIDS, com o slogan: A AIDS não tem preconceito. Previna-se. A proposta é estimular a reflexão sobre uma sociedade menos preconceituosa, mais solidária e tolerante à diversidade sexual e às pessoas vivendo com HIV/AIDS. O público prioritário da campanha deste ano são os jovens gays de 15 a 24 anos, principalmente, porque, de acordo com o Boletim Epidemiológico sobre HIV/AIDS divulgado no último dia 28 de novembro, houve avanço da doença entre esse grupo.

Ao longo dos últimos 12 anos, ao contrário do que ocorre agora, a porcentagem de casos na população de 15 a 24 anos caiu. Mas entre os gays da mesma idade houve aumento de 10,1%. No ano passado, para cada 16 homossexuais dessa faixa etária vivendo com AIDS havia 10 heterossexuais. Foi lançada também, pelo Ministério da Saúde, a cartilha Por Toda a sua Vida, com ilustrações do cartunista Ziraldo. Na publicação são enfocadas as formas de contágio e os meios mais eficientes para prevenir a AIDS, como também a maneira como proceder caso a pessoa seja infectada pelo HIV.

Também para marcar o ato, o laço vermelho, símbolo da luta contra a AIDS, foi projetado na fachada do Congresso Nacional, na circunferência do Museu da República e nos Ministérios da Saúde e da Educação.

Na parte prática, precisamos destacar as ações de prevenção, como distribuição de preservativos, testes rápidos anti-HIV para a população e informações sobre HIV/AIDS, que o Ministério da Saúde já tem feito. Mas, o mais importante, além dessas ações, deve ser a luta contra o preconceito e a solidariedade, que devem ser as premissas desse Dia Mundial de Luta Contra a AIDS.

Era o que tinha a dizer.

Muito Obrigado.