Associação maringaense registra casos de LGBTfobia em dezembro
A Associação Maringaense de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (AMLGBT) registrou casos de LGBTfobia em Maringá no final de 2016. O relato foi feito a pedido do Maringay:
Em dezembro, algumas pessoas vieram procurar a Associação Maringaense de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (AMLGBT) relatando casos de LGBTfobia em Maringá.
Pelo menos duas pessoas foram seguidas por homens de carro na rua. Esses homens ficaram gritando palavras como “viadinho”, “bichinha” e ameaçando “não tem medo de morrer não, viadinho?”.
Duas mulheres lésbicas foram “convidadas” a não frequentar mais um determinado bar, pois o bar não tinha por hábito “atender esse tipo de gente”. (Elas não identificaram o bar)
Um rapaz homossexual só não foi agredido no terminal porque chegaram amigos que foram ao encontro dele e os possíveis agressores se afastaram.
Um outro rapaz homossexual foi seguido pela avenida Cerro Azul, até a praça da prefeitura, quando pediu auxílio ao vigia noturno que o acompanhou até que o mesmo se sentisse em segurança.
Esses foram relatos que chegaram até nós. Mas sabemos que casos assim acontecem diariamente em Maringá e em todas as cidades do Brasil. Sabemos que o Brasil é o país que mais mata transexuais e que todos os dias pessoas LGBT são agredidas, assassinadas, expulsas de casa, da escola, da igreja…
A AMLGBT realiza palestras em escolas, universidades, empresas, associações e sindicatos. Estamos presentes em todos os lugares nos quais somos convidados a conversar com as pessoas, na tentativa de construir um mundo mais humano, solidário e que respeite as pessoas como elas são. Porém, sozinhos, demoraremos muito mais para conquistar esse desejo.
Quando em campanha, o prefeito de Maringá, Ulisses Maia, se comprometeu em nos chamar para conversar e pensarmos, juntos, ações que diminuam a LGBTfobia em nossa cidade. Há muito o que se fazer ainda. Esperamos que esta administração não falhe, como outras, e que consigamos construir uma Maringá livre de LGBTfobia.