Após agressão contra gays no Ibirapuera, Haddad abre sindicância para investigar o caso

Meses depois da gestão do prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) ter fechado durante a noite o “Autorama”, do Parque do Ibirapuera, local conhecido por ser ponto de encontro de gays da capital paulista, frequentadores gays flagraram no último domingo, 23 de fevereiro, ataques homofóbicos por parte da guarda de segurança contratada pela administração do parque, que é feita pela Secretaria do Verde da Prefeitura, como noticiou o Mix na última segunda-feira, 24. Em nota, a Prefeitura informou que Haddad já está ciente do caso e abriu duas sindicâncias para investigar o caso.

Em nota, a Prefeitura diz que “ao tomar conhecimento do incidente no Parque Ibirapuera na noite de domingo, o prefeito Fernando Haddad deu ordem para a abertura imediata de duas sindicâncias, uma no âmbito da Secretaria do Verde para investigar a acusação de agressão contra usuários do parque Ibirapuera por parte dos seguranças particulares e outra no âmbito da Secretaria de Segurança Urbana para apurar a conduta dos Guardas Civis Metropolitanos que foram acionados para atender a ocorrência”.

De acordo com o militante Bill Santos, 37 anos, que testemunhou os ataques e publicou uma foto de um dos agredidos, “não foi a Guarda Civil que agrediu, mas sim a guarda terceirizada pelo Parque do Ibirapuera”. Em contato com a empresa responsável pelo serviço de segurança no local, ela diz que “não há conhecimento do caso” e deixa claro que “todos os funcionários passam por reciclagem pela Polícia Federal”.

A nota da prefeitura ainda diz que, “caso sejam confirmadas as acusações de agressão e omissão, respectivamente, a administração municipal punirá os responsáveis com as medidas cabíveis. A Prefeitura de São Paulo condena a violência contra a população de LGBT e informa que as vítimas receberam apoio do Centro de Combate à Homofobia com assistência psicossocial e para o registro de boletim de ocorrência. A Coordenação de Políticas para LGBT da Secretaria Municipal de Direitos Humanos também foi acionada para acompanhar as sindicâncias”.