Vereador do DEM chama LGBT de “anormais” em rede social

G1

O comentário em uma rede social de um vereador de Sorocaba (SP) se referindo a classe LGBT como “anormais” repercutiu nas redes sociais nesta quinta-feira (25). A polêmica teve início quando o parlamentar José Crespo (DEM) respondeu um comentário de uma internauta, integrante de um movimento que defende a classe LGBT.

O tema surgiu após a votação do Plano Municipal de Educação (PME), que estabelece metas e estratégias para os próximos dez anos. Na ocasião, Crespo afirmou: “os GLBTTTT, como se auto-denominam, merecem ser respeitados e gozar de todos os direitos civis, mas são pessoas anormais”.

Em entrevista ao G1, Crespo confirmou suas declarações e se defendeu: “Anormal é simplesmente aquilo que destoa do ‘normal’. Muitos me apoiaram nas redes sociais e, como cristão, devo defender os meus valores. Antes de ser político, sou cristão e não abro mão disso. Não me arrependo, não me divirto e nem me estresso. Um agente público deve enfrentar polêmica, eu mesmo não fico em cima do muro.”

A postagem foi excluída da internet e, segundo o vereador, não foi ele quem tirou, mas sim uma internauta que estava inserida na discussão. “Ela foi honesta e retirou a postagem e até gostaria que ela voltasse isso, pois o debate deve ser mantido”, finaliza o vereador.

Câmara se pronuncia

Em nota, a Câmara de Vereadores informou que, em relação a debates ocorridos entre o vereador José Crespo e munícipes na página do parlamentar numa rede social, o presidente da Câmara Municipal de Sorocaba, vereador Gervino Cláudio Gonçalves, o Cláudio do Sorocaba I (PR), afirma que tomou conhecimento do assunto através da imprensa e nesta sexta-feira (26) de posse do conteúdo da conversa, irá se reunir com a Secretaria Jurídica da Câmara para saber se houve algum tipo de quebra de decoro por parte do parlamentar.

Quanto ao fato de José Crespo ser o presidente da Comissão de Ética da Casa, Cláudio explica que os membros das comissões são responsáveis por eleger seus presidentes, sem que haja qualquer interferência do presidente do Legislativo.