Temer quer fechar TV pública que exibe programa LGBT
Mesmo sem a legitimidade das urnas e sem ter sido nem mesmo confirmado presidente em definitivo após o processo de impeachment, que a cada que passa se consolida no imaginário nacional como golpe parlamentar para proteger políticos corruptos, Michel Temer pretende avançar no projeto de destruir a comunicação pública no Brasil.
A TV Brasil é a unica emissora de TV aberta que existe um programa voltado para a população LGBT.
O “Estação Plural” é um programa semanal no qual três participantes fixos, ligados ao universo LGBT – a cantora e compositora Ellen Oléria, o jornalista Fernando Oliveira (Fefito) e a integrante da banda Uó, Mel Gonçalves – recebem um convidado especial para debater de forma plural temas de interesse geral. Mas a pauta também contempla assuntos do universo LGBT que despertam o interesse ou a curiosidade do público, a partir da ótica de Ellen, que é lésbica; Mel, que é transexual, e Fefito, que é gay.
Ele enviará ao Congresso um projeto de lei reduzindo a atuação da EBC e fechando a TV Brasil. Companhia se concentraria em agência de notícias, produção independente de conteúdo, monitoramento de mídia e o portal.
Segundo reportagem de Julio Wiziack, a mudança permitirá o fim do conselho curador, grupo formado por 22 integrantes com mandatos de dois anos que tomam as decisões mais importantes da companhia. Também está previsto o fim do mandato para o presidente, que poderá ser destituído a qualquer momento.
Caso essas medidas sejam aprovadas, o atual presidente da EBC, Ricardo Melo, indicado pela presidente afastada Dilma Rousseff e que obteve liminar do STF para seguir no comando, deixará o cargo definitivamente.