PSDB pede investigação de ameaças a travesti eleita vereadora
Uma das nove candidaturas assumidamente LGBT vencedoras nas últimas Eleições, a vereadora travesti eleita em Piracicaba Madalena (PSDB) vem sofrendo ameaças de morte desde que sai vencedora do pleito do último dia 7. Além dos telefonemas, a vereadora eleita já foi abordada na rua onde mora por um motoqueiro.
Madalena diz ter informações de que um dos suplentes do partido seria o mandante das ameaças de morte, mas a presidência do PSDB, partido que tem um grupo de diversidade sexual em seu organismo, informou que, caso a suspeita se comprove, o responsável será expulso da legenda.
A vereadora eleita chegou a registrar as ameaças na polícia. Ela fez dois boletins de ocorrência em função das ameaças de que se ela assumir o cargo em 1º de janeiro será assassinada. Ela cogitou desistir da posse, mas se convenceu de não abrir mão da cadeira para a qual foi eleita. A Polícia Civil já pediu, inclusive, o rastreamento das ligações à casa da política para tentar localizar o telefone de onde as mensagens se originaram.
Madalena se mostra corajosa e diz que não vai se intimidar com as ameaças. “Se for provado que foi realmente essa pessoa, ela vai ser processada e vai ter de pagar pelo que fez. Eu não pretendo me mudar ou aumentar a segurança, só espero que haja segurança no dia da posse.”
Presidente do PSDB em Piracicaba, o deputado federal Antônio Carlos de Mendes Thame procurou a Secretaria Estadual de Segurança Pública para informar da ameaça e pediu providências. “Pedi que a polícia investigue a fundo, afinal houve uma ameaça de morte a um vereador eleito pelo meu partido.”