Prefeitura de São Paulo deve aplicar programa Escola sem Homofobia do Governo
A Secretaria de Educação da cidade de São Paulo pode aplicar o programa anti-homofobia criado pelo governo estadual e que na campanha municipal acabou conhecido como Kit Gay. Segundo o secretário de Educação, Cesar Callegari, o material, que já é usado por professores estaduais, poderá servir também a professores da rede municipal para trabalhar questões relativas a diversidade sexual e preconceito.
“Se for compatível com aquilo que nós acreditamos que seja adequado, dentro de uma discussão ampla com os próprios educadores, a intenção é pedir autorização do governo do estado para utilizar na nossa rede”, disse Callegari na manhã desta quinta-feira (21), durante o desfile do estilista Ronaldo Fraga no CEU Butantã, na Zona Oeste, ao lado do prefeito Fernando Haddad (PT).
A Secretaria Estadual da Educação evita a expressão “kit gay”, com razão, jáque a alcunha foi dada por opositores da educação anti-homofobia e inclusiva. O material é composto por vídeos e cartilha que tratam de prevenção da gravidez na adolescência, violência, diversidade sexual e preconceito e tem aval da UNESCO.
“Nós não estamos elaborando o kit gay. A questão da homofobia é uma questão curricular, como a questão ambiental. Se trata é de um esforço da Secretaria Municipal de Educação como estão sendo orientados os professores que também são nossos, além de serem professores do estado. E nós precisamos conhecer essas orientações curriculares, inclusive sobre o combate á homofobia”, explicou o secretário municipal de Educação para o G1
O chamado “kit gay” foi usado politicamente na campanha pela eleição de São Paulo, já que o programa Escola sem Homofobia foi criado pelo então candidato Haddad quando era Ministro da Educação.