Pré-candidato do PT a prefeitura da cidade resiste defender agenda LGBT

O encontro entre o Setorial LGBT do PT e o pré-candidato do partido à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, foi morno, por assim dizer. Pressionado para que defenda publicamente o Programa Escola sem Homofobia (projeto que ganhou a alcunha de Kit Gay e foi suspenso pela presidenta quando Haddad era Ministro da Educação), Fernando sinalizou que agregará o combate à homofobia na plataforma de campanha, mas foi evasivo em suas respostas. O pré-candidato recebeu das mãos dos militantes gays do PT um plano de propostas que pede, entre outras coisas, que ele aplique um kit anti-homofobia nas escolas municipais.

“Nós devemos lutar para que a comunidade LGBT tenha seus direitos assegurados. Que toda a forma de violência seja repudiada. Me parece ser uma direção muito correta”, declarou Haddad durante o encontro. O ex-Ministro ainda declarou que tem condições de unir a agenda LGBT sem que isso interfira nas alianças com partidos mais conservadores. “A militância concorda que a grande maioria das lideranças religiosas deplora a violência e todo tipo de preconceito, todo tipo de intolerância, e que, portanto, é um sinal claro e evidente de que as agendas não são incompatíveis”. Os militantes querem, ainda, que a luta contra homofbia vire bandeira de campanha do candidato, já que São Paulo apresenta os maiores números de agressões homóficas do país.