Pedido de demissão de Bento XVI pode ser por denúncia de prostituição gay no Vaticano

Em meio às expectativas para o conclave que, no próximo mês, no Vaticano, irá eleger o novo papa, a Igreja Católica tem mais uma vez a imagem desgastada. O jornal italiano “La Repubblica” publicou essa semana um relatório dizendo que a demissão recente do Papa Bento XVI está ligada a um documento informando o pontífice que exite uma rede de prostituição gay no Vaticano.

O agenciador dos jovens seminaristas seria o nigeriano Chinedu Thiomas Eheim, membro do coro da Reverenda Capela Musical da Sacrossanta Basílica de São Pedro. De cordo com a publicação, os encontros aconteciam em saunas de Roma, em uma residência universitária onde morava o diretor da TV Rai Vaticano, Marco Simeon, de 33 anos, e dentro do próprio Vaticano.

Está não é a primeira denúncia de prostituição masculina no berço da Igreja Católica. O jornal “The Guardian” já relatou anteriormente a existência desta rede. No documento de 300 páginas, há três cardeais veteranos acusado do crime, entre eles, Josef Tomko, ex-diretor do serviço de contraespionagem do Vaticano no papado de Jão Paulo II. O relatório foi encomendado pelo próprio Bento XVI e elaborado entre abril e dezembro de 2012. Corrupção, desvio de dinheiro, dentre outros crimes, contariam neste dossiê.

O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi diz que não fará comentários, confirmar ou negar as denúncias. Apenas afirma que cada um irá assumir suas próprias responsabilidades e que o Vaticano vai acompanhar todo o processo em torno do tema.