Parada gay de Jerusalém comemora dez anos

A cidade de Jerusalém, Israel, berço sagrado das três grandes religiões monoteístas, comemorou nesta quinta-feira, 2 de agosto, o décimo anivesário da Parada Gay. Vestidos com trajes coloridos e extravagantes, os participantes marcharam desde o Parque da Independência até o Parque Gan HaPaamon (Sino da Liberdade), onde os discursos deram espaço a uma grande festa.

“Esta é uma oportunidade para pensar em todas as mudanças que ocorreram em Jerusalém nestes últimos dez anos”, disse Elinor Sidi, presidente da Open House, uma das instituições que representa a comunidade gay em Israel. Segundo a ativista, não existem mais ataques físicos aos gays em Jerusalém. “Ainda há alguns atos de violência, não necessariamente física, pela rejeição das pessoas. É mais difícil ser homossexual e lésbica em Jerusalém do que em Tel Aviv e Haifa”, acrescentou.

Em anos anteriores, a parada foi marcada por ataques de extremistas ultra-ordoxos. Nos dias que antecederam a marcha, porta-vozes da comunidade judaíca ultra-ortodoxa expressaram muitas rejeições ao evento, que segundo eles “contamina” a cidade.