Para defesa, Bruno e Macarrão mantinham relacionamento gay

Um suposto relacionamento gay está sendo usado como explicação pela defesa do ex-goleiro do Flamengo, Bruno Souza, no caso do desaparecimento e morte de Eliza Samudio. A história ganhou cotorno com a reportagem dessa semana da revista Veja, que traz publicada uma carta na qual o goleiro supostamente pede ao amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, para assumir a responsabilidade pelo crime.

Bruno e Macarrão estão presos há dois anos, acusados de envolvimento no sequestro, cárcere privado e assassinato de Eliza, que tinha um filho com o ex-jogador. O advogado de defesa, Rui Pimenta, afirma que a carta aponta um relacionamento homossexual entre os dois.

Na carta, Bruno diz ao amigo de infância que, depois de conversar com os advogados, eles chegaram à conclusão de que “a melhor forma para resolvermos isso é usando o plano B”. Segundo a revista, o plano A seria negar o crime e o B implicaria em Macarrão assumir a culpa para livrar o goleiro da prisão.

Pimenta não acredita nessa versão da publicação, para ele Macarrão teria sido o mentor do assassinato de Eliza por sentir ciúmes da relação entre ela e Bruno, seria um “claro caso de amor”. “Ela foi morta por ciúmes e foi levada para ser morta pelo Macarrão”, afirmou. A tese vem sendo defendida por Pimenta desde que ele assumiu a defesa de Bruno e um trecho suprimido pela reportagem da revista provaria o desconhecimento do assassinato por parte do goleiro.

O advogado ainda abordou a existência de um vídeo que arrasaria a reputação de Bruno e que estaria no celular de Eliza. Ela, Macarrão e Bruno teriam filmado uma orgia entre os três. Além disso, Macarrão tem uma tatuagem nas costas que diz: “Bruno e Maka, a amizade nem mesmo a força do tempo irá destruir, amor verdadeiro”.

Após encontro com o seu advogado na penitenciária de Nelson Hungria, no município de Contagem, Minas Gerais, Bruno assumiu a autoria da carta, mas nega o envolvimento homoafetivo com Macarrão. Já o advogado defensor de Macarrão, Leonardo Diniz divulgou que seu cliente não irá assumir a autoria do suposto assassinato. A carta se encontra em poder das autoridades. A acusação deve pedir que o texto seja anexado ao processo como prova do envolvimento de ambos no crime. Ambos irão a júri popular, ainda sem data definida.