Nigéria demite jogadoras de futebol por serem lésbicas

Na Nigéria, ser lésbica, gay, bissexual, travesti ou transexual é crime, inclusive com pena de morte em alguns Estados. O país representa um dos mais altos índices de violência contra LGBT, e a homofobia não é vista como forma de discriminação. Na última semana, a presidente da Liga Feminina de Futebol do país e membro do Comitê da Federação de Futebol da Nigéria (NFF), Dilichukwu Onyedinma, afirmou que a prática sexual entre duas mulheres está “oficialmente punida” no esporte.

Em declarações publicadas por veículos locais, Onyedinma afirmou que jogadoras lésbicas serão demitidas de seus clubes e impedidas de defender a seleção. “Qualquer atleta que descobrirmos estar associada com isso (lesbianismo) será desclassificada”, explicou a dirigente, que pede ainda ajuda dos clubes para o “sucesso” de sua medida.

Os presidentes dos clubes de futebol estão convocados pela dirigente para controlar suas jogadoras. “Isso (lésbicas jogando) está acontecendo, mas temos que falar com os clubes, e olhar dentro dos clubes e descobrir se isso tem a ver com os clubes. Alguns times não querem saber disso, e, se souberem, vão retirar as atletas”, completou.