Membro do IPCO defende criminalização da homossexualidade
Allysson Vidal Vasconcelos, membro do Insiituto Plínio Correa de Oliveia (IPCO), defendeu em seu perfil no Facebook a criminalização da homossexualidade. “Sou sim favorável à punição da prática homossexual, inclusive por parte do Estado. Sou favorável sim, e daí?”, disse Vasconcelos, segundo informações da Folha de Maringá.
O jovem esteve em Maringá no começo do ano para realização da campanha “Cruzada pela Família”, ação da direita católica que visa cercear os direito dos homossexuais e das mulheres sobre seu próprios corpos, uma releitura das antigas e infrutíferas cruzadas contra o divórcio realizadas pelo grupo católico Tradição Família e Proprieda (TFP).
O IPCO mantém diversas escolas no território nacional e usa de práticas medievais para a doutrinação de seus jovens, instruindo-os ao segmento inquestionável de documentos antiquíssimos, tal como o citado por Vasconcelos, o Terceiro Concílio Ecumênico de Latrão, de 1179, em detrimento à Constituição da República Federativa do Brasil, desconsiderando a laicidade do Estado Nacional. Pais e familiares inscrevem seus filhos nestes institutos, que os formam para percorrer o país tentando vender edições de “A Psicose Ambientalista”, “Reforma Agrária – Questão de Consciência”, que trata do armamento de fazendeiros e capangas para defender as grandes propriedades ruais, e o “Catecismo contra o Aborto”, escritos por líderes do movimento.
Segundo consta em sites e publicações do IPCO, o referido movimento é contrário à República, e defende veementemente a volta da monarquia no Brasil, tendo como ícone o herdeiro de D Pedro I, “Dom” Bertrand de Orleans e Bragança. O mesmo movimento defende a manutenção dos monopólios na produção nacional e critica a defesa ecológica e sustentável na produção, o que eles classificam como ecoterrorismo.
Peter Turkson, cardeal candidato a Papa, também defende a criminalização da homossexualidade, como Vasconcelos.
Leia a integra do comentário de Vasconcelos:
Sou sim favorável à punição da prática homossexual, inclusive por parte do Estado. Sou favorável sim, e daí?
Dizem que ao me declarar contrário à prática homossexual e defender a Família Tradicional, imponho ideias. Porém, mostro fatos e defendo minha posição com argumentos sejam religiosos ou científicos, e refuto os pseudo-argumentos que tentam legitimar tão grande abominação. Só por isto, sou perseguido e caluniado, por ter uma “ideia doentia, um preconceito odioso, um pensamento retrógrado”. Se tenho obrigatoriamente que seguir as ideias dos defensores da depravação homossexual, quem é que impõe suas ideias?
Ao me declarar favorável à punição também secular de tão abominável depravação, não aceitam minha opinião pessoal, e terminam eles por impor suas ideias. Um absurdo! Alias, em discussões com esta temática, o mais revoltante são aqueles que moralmente falando têm o pior tipo de vida, e quando utilizamos de passagens bíblicas para condenar o homossexualismo, viram exegetas, e os infalíveis interpretadores das Escrituras…
Enfim, antes que apareçam os “católicos”, “cristãos”, me crucificando por defender a punição da prática homossexual, segue o dito do Concílio Ecumênico de Latrão:
“Todos aqueles culpados do vício antinatural – pelo qual a ira de Deus desceu sobre os filhos da desobediência e destruiu as cinco cidades com fogo- se são clérigos, que sejam expulsos do clero e confinados em mosteiros para fazerem penitência; Se são leigos, devem ser excomungados e completamente separados da sociedade dos fiéis” (cânon 11). (3º Concílio Ecumênico de Latrão)