Justiça condena a 9 anos acusado de agredir jovem com lâmpada em SP

G1

A Justiça condenou nesta terça-feira (20) Jonathan Lauton Domingues, de 24 anos, a uma pena de 9 anos de prisão por participação na agressão ao estudante Luís Alberto Betonio, em novembro de 2010 na Avenida Paulista. A vítima foi atingida por uma lâmpada por um adolescente amigo do réu. Ele ficou 45 dias na Fundação Casa à época do crime.

Domingues, que tinha 19 anos na época do crime, foi condenado por tentativa de homicídio triplamente qualificado por motivo torpe (homofobia), porque agiu com surpresa, impossibilitando a defesa da vítima, e por asfixia, aplicando um golpe mata-leão e sufocando a vítima com o joelho. Ele está foragido.

A sentença do júri popular, conduzido pela juíza Renata Mahalem da Silva Teles, foi dada nesta terça-feira (20) e divulgada nesta quarta (21) (relembre o caso no vídeo abaixo). O defensor público que representa o réu pode entrar com um recurso contra o júri. A reportagem entrou em contato com a Defensoria Pública, mas até a última atualização não tinha havido retorno.
O advogado da vítima comemorou a condenação. “Esta decisão acalenta, conforta saber que não ficou impune a pessoa que causou um grande estrago na vida dele [Luís Alberto Betonio]. Esse evento trouxe um prejuízo muito grande não só físico, mas psicológico e social até hoje”, disse Felipe Mello de Almeida.

21/10/2015 13h18 – Atualizado em 21/10/2015 14h52
Justiça condena a 9 anos acusado de agredir jovem com lâmpada em SP
Jonathan Domingues agrediu Luís Alberto Betonio na Av. Paulista em 2010.
Ele deverá responder por crime qualificado por motivo torpe e asfixia.
Do G1 São Paulo
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A Justiça condenou nesta terça-feira (20) Jonathan Lauton Domingues, de 24 anos, a uma pena de 9 anos de prisão por participação na agressão ao estudante Luís Alberto Betonio, em novembro de 2010 na Avenida Paulista. A vítima foi atingida por uma lâmpada por um adolescente amigo do réu. Ele ficou 45 dias na Fundação Casa à época do crime.

Domingues, que tinha 19 anos na época do crime, foi condenado por tentativa de homicídio triplamente qualificado por motivo torpe (homofobia), porque agiu com surpresa, impossibilitando a defesa da vítima, e por asfixia, aplicando um golpe mata-leão e sufocando a vítima com o joelho. Ele está foragido.

A sentença do júri popular, conduzido pela juíza Renata Mahalem da Silva Teles, foi dada nesta terça-feira (20) e divulgada nesta quarta (21) (relembre o caso no vídeo abaixo). O defensor público que representa o réu pode entrar com um recurso contra o júri. A reportagem entrou em contato com a Defensoria Pública, mas até a última atualização não tinha havido retorno.
O advogado da vítima comemorou a condenação. “Esta decisão acalenta, conforta saber que não ficou impune a pessoa que causou um grande estrago na vida dele [Luís Alberto Betonio]. Esse evento trouxe um prejuízo muito grande não só físico, mas psicológico e social até hoje”, disse Felipe Mello de Almeida.
A vítima caminhava com mais dois amigos quando foi atacada pelo grupo formado por Domingues e mais quatro rapazes, que na época eram menores de idade. Na sentença, a magistrada ressalta que o delito praticado foi movido por discriminação e pelo réu nutrir “verdadeiro ódio por homossexuais”.
De acordo com Luís Alberto, naquela manhã de 14 de novembro, ele voltava da balada com dois amigos da faculdade. Eles caminhavam pela Avenida Paulista. “A gente estava saindo de uma lanchonete, indo embora para casa. Eram umas 6h. Aí a gente se depara com esses cinco meninos que estavam vindo no sentido oposto”, disse Luis Alberto em entrevista ao Fantástico em dezembro de 2010.
Eram quatro menores e Jonathan Lauton Domingues, então com 19 anos. Segundo a polícia, Jonathan é o que aparece de bermuda nas imagens da câmera de segurança.

Outro jovem do grupo trazia duas lâmpadas fluorescentes na mão. De repente, um grito. “Na hora em que eu olho, ele já acerta com a lâmpada no meu rosto. Na hora em que eu coloquei a mão no rosto, já estava saindo sangue. Ele vem com a segunda, e eu me defendo. Os outros começaram a rir. E eu já vou para cima. Ele ainda taca o restante da lâmpada que estava na mão dele”, diz.

A briga continua fora do alcance da câmera. O rapaz de bermuda, Jonathan, corre para dominar Luís. “Ele vai e me dá uma gravata. Aí eu fico imóvel, não tenho como me defender. Os outros já começam a me agredir, com soco e chute. Eles batiam muito na cabeça”, lembra.
Um segurança interrompe o espancamento e os suspeitos fogem. “Se não fosse o segurança na hora, para defender, eu tinha morrido, porque eles não iam parar.” De acordo com a investigação, ao todo, cinco pessoas foram surradas pelo grupo naquele fim de semana.