Governo de SP vai mapear comportamento sexual gay e usar contra o vírus HIV

A população gay é, segundo pesquisas dos governos brasileiros, inegavelmente a mais afetada pelo vírus HIV, por isso a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo vai começar neste mês a estudar o comportamento sexual dos homossexuais com o objetivo conhecer melhor os hábitos deste público e possibilitar o aprimoramento das ações de prevenção à AIDS. A iniciativa é batizada de SampaCentro e vai oferecer ainda teste de sorologia do HIV.

Os pesquisadores vão aplicar 1.000 questionários rápidos a pessoas nos bairros paulistanos de maior prevalência gay: a República e a Consolação. O levantamento será coordenado pelo Centro de Referência em DST/AIDS da Secretaria paulista. “É importante ainda salientar que todas as respostas fornecidas pelos participantes serão mantidas em sigilo, bem como suas identidades”, afirma a médica Maria Amélia Veras, uma das coordenadoras do projeto.

Os entrevistados serão abordados em bares boates, academias, cinemas e outros espaços da região central. Os pesquisadores estarão identificados com um colete azul e aplicarão um questionário que tem caráter sócio-comportamental e não deve ser respondido com vergonha ou maquiando fatos.

Quem participar será convidado também a realizar um teste anti-HIV em um dos postos itinerantes do projeto, que pode funcionar em uma van ou dentro dos estabelecimentos onde os pesquisadores estiverem atuando. Segundo dados epidemiológicos do programa estadual de DST/AIDS da Secretaria de Saúde paulista, a prevalência de HIV/AIDS entre a população geral é de 0,6%, enquanto em gays e outros HSHs (homens que fazem sexo com homens) chega a 10,5%.

Mais informações no site www.projetosampacentro.com.br.