Estado Islâmico apedreja até a morte dois gays na Síria

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O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) apedrejou até a morte, na Síria, dois jovens “por cometerem atos que transgridem a decência com outros homens” na Província de Deir ez Zor, segundo informações do Observatório Sírio de Direitos Humanos.

A ONG, que citou a ativistas na zona, disse que um dos jovens, de 20 anos de idade, foi apedrejado após ter sido capturado por membros do grupo extremista que encontraram em seu telefone celular fotografias nas quais supostamente o jovem cometia práticas “indecentes” com outros homens. A vítima foi executada nas ruas da cidade de Al Mayadin diante de dezenas de pessoas, entre elas menores.

O outro jovem foi apedrejado no bairro de Hamidiya, na cidade de Deir ez Zor, capital provincial, por ter realizado atos “contrários à decência” com outros homens, segundo os jihadistas. O EI levou consigo os corpos dos executados, sem permitir seu enterro ou a entrega a suas famílias.

Ainda de acordo com a ONG, os dois homens eram opositores ao EI e o grupo se apoiou em sua suposta homossexualidade para matá-los. Os jihadistas já haviam apedrejado até a morte várias mulheres acusadas de adultério, especialmente em seu reduto de Raqa. Em Mayadin, o EI decapitou uma dentista em agosto porque ela tratava pacientes de ambos os sexos.

Os radicais do grupo autodenominado Estado Islâmico declararam um califado no final de junho no Iraque e Síria, onde tomaram partes do norte e do centro do território de ambos países.

No último dia 13, o EI emitiu uma gravação atribuída a seu líder, Abu Bakr al Baghdadi, na qual anunciou a expansão do califado aos países do Golfo Pérsico e ao norte da África, onde outras organizações radicais lhe juraram lealdade.