Escola de ensino médio em Fortaleza é denunciada por usar material homofóbico

Uma apostila aplicada no 3o. ano do Ensino Médio do Colégio Farias Brito, em Fortaleza, deveria apenas ensinar Física aos alunos, entretanto, um mensagem de tons homofóbicos está agregada à atividade. Em uma aula sobre repulsãoe atração de corpos magnéticos, as figuras utilizadas para ilustrar o fenômeno dafísica são bonecos do sexo masculino e feminino. Os desenhos com duas meninas e com dos meninos juntos ilustram exemplos de repulsão, enquanto que para representar a atração, o desenho é de um menino e de uma menina.

Por este motivo, o procurador de Justiça do Ministério Público do Ceará (MP-CE), José Valdo Silva, recebeu, na última semana, a denúncia da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays Bissexuais e Transexuais (ABGLT) sobre o conteúdo considerado homofóbico. De acordo com o MP-CE, a denúncia foi encaminhada para as promotorias de educação.

O diretor da escola, Tales de Sá Cavalcante, disse o conteúdo do material didático não é homofóbico e a denúncia pode ter partido da “concorrência desleal”. Entretanto, para a diretora da ABGLT no Nordeste, Deidiane Souza, “isso retrata, sim, um tipo de homofobia, um tipo de violência que os sujeitos LGBT sofrem dentro da escola”. Para concluir, Deidiane afirmou que “esse material não é correto. O hábito de denunciar é de extrema importância ainda mais quando se trata de um lugar de conhecimento”.