Entidade quer hastear bandeira do movimento gay na prefeitura de Presidente Prudente (SP)
Uma entidade que defende os direitos dos homossexuais pediu permissão à Prefeitura de Presidente Prudente (558 km da capital paulista) para hastear, no paço da administração, a bandeira que identifica o movimento. A bandeira com as cores do arco-íris ficaria hasteada por 15 dias junto com a do Brasil, a de São Paulo e a do município, segundo informações de José Bonato do UOL.
O objetivo da solicitação é dar visibilidade à causa homossexual, segundo o servidor público Hélio Cruz, 43, presidente do Grupo de Estudos Sobre a Sexualidade e Cidadania (Gesc) e organizador da Parada Gay local. O evento terá sua sexta edição no dia 15 de julho – segundo a organização, 15 mil pessoas participaram da parada no ano passado.
‘Situação complicada’
O secretário municipal de Comunicação, Marcos Tadeu Cavalcante, 47, afirma que a solicitação do Gesc deve ser respondida até a próxima terça-feira (4). Segundo ele, a prefeitura analisa se há algum impedimento legal para que o procedimento seja aceito.
“É uma situação complicada. Se a gente nega o pedido, pode parecer que estamos discriminando as pessoas. Mas se permitirmos, outros movimentos na cidade vão também se sentir no direito de fazer a mesma coisa”, afirma.
Cavalcante diz que a prefeitura vai oferecer uma alternativa aos membros do movimento gay caso o pedido seja negado. “Seriam permitidas faixas estendidas nas ruas com mensagens alusivas à questão. Isso não costuma ser permitido, mas poderíamos abrir uma exceção”.
O presidente do Gesc diz que a entidade que dirige não vai aceitar nenhuma contraproposta. Ele argumenta que a bandeira colorida no paço municipal não atrapalharia em nada e serviria para chamar a atenção para a indiferença que haveria na cidade e região em relação aos homossexuais.
“Existem cinco mastros em frente à prefeitura, mas somente três costumam ficar ocupados. Os outros dois que sobram, além de desocupados, têm menos destaque porque são menores. Qualquer um deles serve para nós. Queremos ver nossa bandeira tremular lá.”
O ativista acredita que, por ser ano eleitoral, o pedido será estudado “com carinho” pela prefeitura. “Se forem somados os públicos do ano passado do Carnaval, da festa do peão, do Sete de Setembro e do aniversário da cidade, não superam o da Parada Gay”, afirma.