Depois do Brasil, Suprema Corte dos EUA também libera o casamento LGBT

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Na manhã desta sexta-feira (26), a Suprema Corte americana votou a aprovação do direito de casais do mesmo sexo se casarem pela Constituição, uma vitória para o movimento pelos direitos homossexuais no país.

A Corte aprovou por cinco votos a quatro a garantia do matrimônio pela Constituição, o que significa que os estados não podem mais barrar os casamentos entre homossexuais. Com a votação, o casamento será legalizado em todos os 50 estados.

Os debates tiveram início na última terça-feira e alteram as leis estaduais que proibiam pessoas do mesmo sexo de contraírem matrimônio. O julgamento trata dos vetos impostos pelos Estados do Kentucky, Michigan, Ohio e Tennessee. Outros trinta e seis dos cinquenta Estados americanos permitem o casamento gay.

De acordo com o jornal The New York Times, a Suprema Corte estava dividida. Os principais pontos em favor da constitucionalidade foram defendidos pelas juízas Ruth Bader Ginsburg e Elena Kagan. Elas sustentaram que a aprovação do matrimônio entre pessoas do mesmo sexo não provocará nenhum dano ou perda de direitos para casais heterossexuais.

Já o presidente da corte, John G. Roberts Jr, disse que fez uma pesquisa nos arquivos e não encontrou nenhuma definição para o casamento que não abrangesse a união entre homens e mulheres. “Vocês não estão pedindo para participar da instituição. Vocês querem mudar a instituição”, afirmou o magistrado. Aproximadamente dois terços da população dos Estados Unidos são favoráveis ao casamento entre homossexuais.

Manifestantes marcaram presença em frente à Suprema Corte com bandeiras e faixas. Um grupo de religiosos da Carolina do Norte favorável ao casamento gay defendeu que “Deus nos abençoa independentemente de quem amamos ou do tipo de amor que preferimos”.