Candidato do PMDB à presidência da Câmara propôs “Dia do Orgulho Hétero”

Política Para Quem Precisa

Sabe o Cunha? Sim, o Cunha, aquele Eduardo que quer ser o presidente da Câmara Federal. Sabe? O Cunha? Quem realmente sabe está se mobilizando para impedir a vitória dele no Congresso Federal. Conheça algumas peripécias do deputado:

Começou sua carreira política no antigo PRN, de Collor, e com seu apoio virou Presidente da antiga TELERJ. Mudou-se para o PP, e em aliança com o então Governador Garotinho, chegou à Presidência da CEHAB. Rompido com Garotinho, largou o PP e foi para o PMDB, em 2003, aonde está até hoje.

Em 2014, fez uma das campanhas mais caras nas eleições, arrecadando mais de R$ 6,8 milhões, financiado pelas empresas desses setores: a Rima Industrial (mineração) doou R$ 1 milhão, a AMBEV, a Coca-Cola e a RJ Refrigerantes doaram juntas R$ 1.550.000, os bancos Bradesco, Pactual, Santander e Safra doaram R$ R$ 1.350.000, a Telemont (Internet) doou R$ 900 mil, a Lider Táxi Aéreo doou R$ 700 mil, a Shopping Iguatemi doou R$ 500 mil. É também o preferido da bancada ruralista na disputa pela presidência da Câmara.

Eduardo Cunha começou a carreira como apadrinhado de Fernando Collor, depois virou amigo de Antony Garotinho, virou evangélico fundamentalista da Igreja Neopentecostal Sara Nossa Terra, hoje é amigo íntimo dos irmãos Domingos Brazão (Dep. Estadual) e Chiquinho Brazão (Vereador), ambos do PMDB, e suspeitos de ligações com milícias privadas.

O deputado responde a inúmeros processos, em várias instâncias, desde o STF, até o MP-RJ, no TCE do RJ, no TRF, no TSE. Só no STF, responde a 3 processos, sendo um deles de crime contra a fé pública por falsificação de documentos que levaram ao arquivamento de processo no TCE do RJ, e outros dois por crime contra a ordem tributária (sonegação fiscal).

Quando Presidente da CEHAB (1999/2000), foi afastado por denúncias de favorecer empreiteira para vencer a concorrência de forma irregular. Quando Presidente da TELERJ, o TCE constatou inúmeras irregularidades em sua gestão, desde contratação irregular sem concurso, a privilégios para fornecedores, falhas em licitações, e escândalo num aditivo contratual com a empresa NEC do Brasil (do então empresário Roberto Marinho), problemas esses que levaram a sua exoneração desta estatal. Além disso, ele responde a vários outros processos, por crime de improbidade administrativa, captação ilícita de sufrágio, e abuso de poder econômico.

Chegou a ser arrolado como réu, junto com outras 41 pessoas, no famoso escândalo do ‘esquema PC Farias’, que levou ao impeachment de Collor.

O parlamentar costuma apresentar projetos ‘estranhos’: um deles pretende acabar com o exame da OAB, desqualificando a entrada de advogados no mercado de trabalho; outro propõe pena de prisão de 04 a 08 anos pra quem anunciar algum método de cometer aborto, e um terceiro propõe pena de prisão de 06 a 10 anos para médicos que praticarem aborto, mostrando seu viés ultra-conservador.

Eduardo Cunha é conhecido como ‘lobista’ das grandes empresas no Congresso Nacional. Como líder do PMDB, indicou como relator do Código da Mineração o Dep. Federal Leonardo Quintão (PMDB-MG), que sob sua orientação beneficiando empresários do setor. Quando Presidente da TELERJ, reduziu os investimentos na empresa, para enfraquecê-la e facilitar sua privatização.

Como podem ver o deputado Eduardo Cunha é dono de uma trajetória repleta de alianças escusas, pular de partido em partido, doações milionárias em campanhas eleitorais, proximidade com suspeitos de milícia, processos no Supremo Tribunal Federal, Tribunal Regional Federal e Ministério Público. Sua eleição para a presidência da Câmara dos Deputados seria uma verdadeira tragédia para o parlamento e para o cidadão brasileiro, que estaria diante de uma leva enorme de retrocessos e supressão de direitos.