Brasil e África do Sul assinam declaração conjunta pelos direitos civis LGBT

Embaixadores do Brasil e da África do Sul assinaram uma declaração conjunta cobrando mais ações e discussões em torno de temas como orientação sexual e identidade de gênero durante o último encontro do Conselho de Direitos Humanos da ONU, realizado no início desta semana, em Genebra, na Suíça.

Em nome do Brasil e do seu próprio país, a África do sul, o embaixador Baso Sangqu voltou a exigir que os direitos igualitários para a população LGBT sejam prioridade nos debates em torno dos Direitos Humanos na pauta das Nações Unidas. Ele ainda criticou a ausência de estatísticas oficiais para crimes motivados por homofobia na maior parte dos países.

Vale lembrar que o Brasil lidera o ranking de países com crimes contra homossexuais e, somente a partir deste ano foi que o país passou a contabilizar a violência homofóbica.

No mesmo dia, a Organização dos Estados Islâmicos, junto a alguns países do continente africano, à China e à Rússia, se recusou a participar do encontro por acreditar que esta é uma “questão cultural”. Eles também exigiram que esta seja a última vez que o Conselho discuta os direitos LGBT dentro da pauta dos Direitos Humanos.

Em resposta ao grupo oposicionista, o embaixador Baso Sangqu destacou um trecho do documento afirmando que “não devemos permanecer em silêncio diante da onda de crimes homofóbicos”.

“Discriminar pessoas com base na orientação sexual ou identidade de gênero é tão inaceitável quanto discriminar alguém com base em raça, religião, nacionalidade ou outros motivos”, finalizou ele.