AMLGBT condena massacre de professores em Curitiba

Em nota divulgada na tarde desta quinta-feira (30), a Associação Maringaense de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (AMLGBT), repudiou o massacre que deixou ontem mais de 200 feridos no Centro Cívico de Curitiba. Segundo a AMLGBT, “este ato vil e cruel contra a manifestação legítima, pacífica e legal dos educadores paranaenses, demonstra a crueldade, a truculência e o senso de impunidade do governador do Paraná e seus aliados”.

Leia a íntegra:

A Associação Maringaense de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (AMLGBT), entidade fundada em 2010, que tem por missão o enfrentamento a LGBTfobia, a equiparação de direitos entre todas as pessoas e a defesa dos Direitos Humanos, vem manifestar seu repúdio ao ataque covarde impetrado por forças policiais aos professores, pais e estudantes nesta quarta-feira, 29 de abril de 2015, na Praça Nossa Senhora da Salete, em Curitiba, a mando do governador Beto Richa (PSDB).

Este ato vil e cruel contra a manifestação legítima, pacífica e legal dos educadores paranaenses que tentava evitar a usurpação de seu fundo previdenciário, o Paranaprevidência, demonstra a crueldade, a truculência e o senso de impunidade do governador do Paraná e seus aliados.

Repudiamos e responsabilizamos também o secretário de segurança do Paraná, Fernando Francischini (SDD), que coordenou o Massacre da Praça nossa Senhora da Salete, os deputados Ademar Traiano (PSDB), presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), líder do governo na ALEP, os deputados maringaenses que nada fizeram para impedir o massacre, Evandro Júnior (PSDB), Maria Victória (PP), Doutor Batista (PMN), além da condescendência da Vice-governadora do Estado, a maringaense Cida Borghetti (PP). Demonstramos nossa indignação ao constatarmos que todos os políticos maringaenses eleitos para a esfera estadual tem suas mão sujas do sangue dos professores de nosso Estado.

Entre os mais de 20 mil educadores que buscavam a preservação do fundo de aposentadoria do Estado e os mais de 200 professores e estudantes feridos no ataque nos representam também diversos educadores LGBT. Nos solidarizamos com todas e todos, pais, estudantes e professores, bem como às entidades de classe que os representam, e nos colocamos à disposição. Apoiamos a greve dos educadores e a reconhecemos legítima, necessária e justa.

Referendamos o pedido de providências aos órgãos competentes contra os responsáveis pelo massacre e esperamos que recebam a devida punição por ato tão violento e desumano.