Vereadora bolsonarista quer impor regras à Parada LGBT de Maringá

Vereadora bolsonarista quer impor regras à Parada LGBT de Maringá

A Associação Maringaense de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (AMLGBT) se manifestou contra o Projeto de Lei nº 17215/2025, proposto pela vereadora Giseli Bianchini (PP). O projeto visa proibir o vilipêndio a símbolos cristãos em espaços públicos de Maringá, com penalidades para os infratores. Para a AMLGBT, a medida não aborda igualmente outros eventos religiosos e pode gerar custos adicionais para a prefeitura, que teria de garantir a fiscalização da norma.

A AMLGBT também argumenta que o projeto fere o artigo 5º da Constituição Federal, que assegura a liberdade de crença e o livre exercício dos cultos religiosos. A associação criticou o foco exclusivo em eventos como o carnaval e a Parada LGBT, sem mencionar outras manifestações públicas que envolvem símbolos cristãos, como a Marcha para Jesus e festas juninas.

Além disso, o projeto prevê campanhas de conscientização sobre o respeito à diversidade religiosa, mas a AMLGBT destaca que o texto não aborda questões relativas à liberdade de crença de outras religiões e à não crença. A associação considera o projeto inconstitucional e espera que as comissões da Câmara de Vereadores arquivem a proposta.

Em 2022, a vereadora Bianchini liderou manifestações em frente ao Tiro de Guerra, onde, ao lado de outros manifestantes, clamou por intervenções militares com Bolsonaro no poder, apoiando um golpe de Estado.