Homofobia: Polícia identifica autor de assassinato no centro de Londrina

A Polícia Civil já tem informações sobre quem seria o autor do homicídio de Lucas Fernandes Ferraciolly, 18 anos. O suspeito está foragido e teria deixado sua casa após cometer o crime, na noite da última sexta-feira (30), segundo informações do portal Odiario.

Ele havia saído de uma boate e passava pelo cruzamento da Rua Quintino Bocaiúva com a Rua Natal, quando foi abordado pelo suposto atirador. Um amigo que estava com a vítima contou que o criminoso atirou mais de uma vez e ele teria se abaixado para não ser atingido, mas Lucas foi ferido ao tentar acelerar o carro para fugir.

Ele chegou a ser socorrido, mas morreu na madrugada de sábado (1º) no hospital. Os amigos de Lucas Fernandes Ferraciolly acreditam que o rapaz foi vítima de preconceito, pois era homossexual. Para protestar contra o homicídio e pedir punição ao culpado, amigos organizaram o protesto “Por mais amor e menos preconceito”.

Uma das organizadoras da iniciativa, Luciana Bicalho, foi quem acompanhou o pai de Lucas na delegacia momentos depois do crime. Ela contou que a Polícia Civil identificou o suspeito momento depois e já teria apreendido a arma e o carro usados no crime. A família do atirador prometeu que o filho se entregaria no sábado, mas ele continuava desaparecido até esta segunda-feira.

O rapaz não teria antecedentes criminais e foi identificado como Wellington Coelho da Silva, 23 anos. “A polícia já praticamente descartou a hipótese de assalto. Infelizmente isso deve ser uma questão de preconceito porque o Lucas Ferraciolly era gay. Até mesmo porque a pessoa que cometeu foi com o carro dela, já sabe quem é, já apreendeu o carro, a arma”, colocou.

A manifestação vai aconteceu às 9h do próximo sábado (8), no Calçadão, no cruzamento com a Avenida Rio de Janeiro. As pessoas devem participar usando uma peça de roupa rosa.

“Nós queremos que não haja essa banalização da vida, qualquer coisa seja motivo para matar alguém. Hoje foi ele, amanhã pode ser outra pessoa. Nós não queremos que seja assim. Se ele está tendo que ser o exemplo disso, vamos parar por aí e chega de impunidade”, ressaltou Luciana.

A boate em que o jovem estava deve entregar as imagens do circuito de câmeras nesta semana. Elas podem ajudar a descobrir se houve alguma discussão entre a vítima e o atirador no local.