SP registra queda de 23% nos casos de AIDS entre homens

Às vésperas do Dia Mundial de Luta Contra a AIDS, 1 de dezembro, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo divulga um levantamento indicando que os casos da doença caíram 35,7% em 11 anos. Os dados são do novo boletim epidemiológico da Secretaria, produzido pelo Programa Estadual DST/AIDS.

No entanto, ainda é preciso se prevenir, pois a doença ainda mata diariamente oito pessoas, em média, no território paulista. Ainda segundo o boletim, em 2000, o Estado registrou 10.667 notificações de AIDS, com taxa de incidência de 28,8 novos casos por 100 mil habitantes. Já em 2011, houve 7.706 infecções, com taxa de 18,5 novos casos por 100 mil habitantes.

Houve queda também em relação aos óbitos. Em 2011 foram 3.006 óbitos por AIDS no Estado, contra 4.181 em 2000, o que representa diminuição de 28% em números absolutos. Entre os homens houve queda de 23% no número absolutos de casos notificados e 31% no total de mortes no período: foram 6.868 ocorrências em 2000, com 2.940 mortes, e 5.270 no ano passado, com 2.019 mortes entre a população do sexo masculino.

“Os números apontam para o controle das novas infecções e pela estabilidade nas taxas de mortalidade por AIDS. Mesmo assim, ainda ocorre um número expressivo de mortes diariamente no Estado. Por isso é muito importante o diagnóstico precoce”, afirma Maria Clara Gianna, diretora do Programa Estadual DST/AIDS.

De olho nessa prevenção, a Secretaria pretende realizar até o dia 1 pelo menos 150 mil exames gratuitos para detecção do vírus HIV, além de sífilis e hepatites B e C. A campanha “Fique Sabendo”, promovida pelo Programa Estadual de DST/AIDS em parceria com o Instituto Adolfo Lutz e as secretarias municipais de Saúde, tem como objetivo incentivar o diagnóstico precoce dessas doenças.

Do total de exames oferecidos, 30 mil serão testes rápidos anti-HIV. Ao todo, 526 municípios do Estado aderiram à campanha, num total de mais de dois mil unidades de saúde. Foram mobilizados para a ação cerca de 40 mil profissionais de saúde de diferentes áreas (gestores, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais e técnicos de laboratório).

“A campanha tem como objetivo alertar a população para a importância de se realizar o exame, que está disponível na rede pública de saúde durante o ano todo”, diz Maria Clara Gianna. A iniciativa também pretende incentivar pessoas que nunca realizaram o teste a conhecerem o seu status sorológico, independentemente de sua orientação sexual.

Informações sobre as unidades que estão participando da campanha, bem como dos serviços que irão atender no sábado, dia 1, podem ser obtidas pelo Disque DST/AIDS (0800-16-25-50) e no site www.crt.saude.sp.gov.br.