Elisa Riemer registra queixa contra irmão agressor na Delegacia da Mulher

A artista plástica e blogueira da Folha de Maringá, Elisa Riemer, depois de ser espancada no ultimo sábado (14) pelo próprio irmão, prestou queixa contra Matheus Riemer hoje (17) de manhã na Delegacia da Mulher de Paranavaí (PR), cidade onde aconteceu a agressão.

“Com muita dor no coração tomei a decisão de levar esse caso a justiça, tanto para ser coerente com o que acredito, pela luta cotidiana das mulheres contra a opressão machista, quanto para encorajar outras mulheres que são subjugadas da mesma forma e que não tem coragem de romper com essa dinâmica cruel de opressão”, disse Elisa.

Elisa também disse que sua mãe presenciou os fatos e teve a iniciativa de chamar a polícia ao me ver desacordada, e, “também vítima da opressão como muitas mulheres em nossa cidade, e nosso país, também sentindo-se envergonhada pela exposição dos fatos, agora adota um discurso incoerente com a verdade, querendo atacar a mim e as pessoas que me apoiaram”.

“Se Matheus Reimer chegar a ser condenado a pena não é nem de prestação de serviço à comunidade nem de cesta básica, é pena privativa de liberdade, pena de prisão. A Lei Maria da Penha não admite essas penas alternativas. Vai ter consequência, a lei Maria da Penha funciona”, disse a investigadora da Delegacia Civil à Folha de Maringá.

“Gostaria muito que as coisas se resolvessem, que todo esse sofrimento acabasse, que a vida fosse melhor, onde todas pudéssemos continuar com nossas rotinas, cuidando de nossos compromissos, mas se esse desgaste todo servir para trazer à luz os casos de violência contra a mulher que acontecem diariamente nos lares, nas lágrimas silenciosas de mães e irmãs que são reprimidas aos gritos e pontapés para que se calem, já terá valido a pena”, disse Elisa.

A artista plástica também desse que se recusa a assumir o papel de vitima, e quer que a justiça, que a lei que custou os movimentos das pernas da Maria da Penha, sejam empregados. “Estou sendo criticada por buscar justiça e ter a coragem de expor a minha condição de violentada para que tantas outras mulheres também deem seu grito de liberdade.”

Elisa Riemer finaliza dizendo: “Amo minha mãe, e espero que ela entenda que essa minha atitude é, também, para o bem dela”.